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Coreia do Norte afirma estar em 'estado de guerra' com Coreia do Sul

Anúncio é assinado por todas as instituições do governo norte-coreano.
Retórica de guerra entre rivais vem aumentando nas últimas semana
s.

Coreia do Norte e Coreia do Sul tentam relançar diálogo neste domingo

Depois de meses de tensão e ameaças, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul vão lançar uma nova tentativa de retomar o diálogo neste domingo (9), em Panmunjon, perto da fronteira. Nesta sexta-feira, a Coreia do Norte restabeleceu a linha telefônica de urgência com os sul-coreanos, que havia sido interrompida em março

Coreia do Norte dispara 3 mísseis de curto alcance, diz Coreia do Sul

Pyongyang elevou o seu tom hostil e anunciou que está em "estado de guerra" com a Coreia do Sul. "A situação que prevalece há muito tempo, segundo a qual a península coreana não está em guerra e nem em paz, aca.

"A partir de agora, as relações Norte-Sul estão em estado de guerra e todas as questões entre as duas Coreias serão tratadas segundo o protocolo adaptado à guerra", declarou o Governo da Coreia do Norte num comunicado atribuído a todos os organismos oficiais. Pyongyang adverte também que qualquer provocação militar próxima às fronteiras terrestres ou marítimas entre o Norte e o Sul levará a "um conflito em grande escala e a uma guerra nuclear".

E ameaçou fechar o complexo industrial de Kaesong, a 10 quilômetros da fronteira: o único local onde há cooperação econômica com o Sul. O parque, que reduz a dependência de Pyongyang em relação à China, tem um volume de negócios de cerca de 1,5 mil milhões de euros, abriu em 2004 para simbolizar a reconciliação das duas Coreias e tem funcionado sempre, apesar das repetidas crises entre os dois países.

Coreia do Norte dispara 3 mísseis de curto alcance, diz Coreia do Sul

Mísseis partiram da costa oriental norte-coreana e caíram no Mar do Leste.
Dois lançamentos foram realizados pela manhã, e outro, após o meio-dia.

A Coreia do Norte lançou neste sábado (18) três mísseis guiados de curto alcance no Mar do Leste (Mar do Japão) desde sua costa oriental, informou o Ministério da Defesa da Coreia do Sul.
Representantes do Ministério, citados pela agência de notícias sul-coreana "Yonhap", disseram que dois lançamentos foram detectados pela manhã e, um terceiro, pouco depois do meio-dia.
De acordo com as fontes, as Forças Armadas sul-coreanas reforçaram a vigilância em torno dos movimentos da vizinha Coreia do Norte, com a qual Seul ainda está tecnicamente em guerra, já que o conflito travado entre 1950 e 1953 foi interrompido com um armistício e não com um tratado de paz.
O governo japonês também confirmou os três lançamentos efetuados pelo Exército norte-coreano e que nenhum dos projéteis caiu em águas japonesas.
A princípio, os testes realizados neste sábado não devem descumprir nenhuma disposição internacional, já que os mísseis lançados eram todos de curto alcance.

Política 

Coreia do Norte

É o país mais fechado do mundo, econômica e politicamente. Os norte-coreanos não podem ler jornais, revistas, ou livros estrangeiros. Recentemente, foi anunciado que um serviço de internet móvel seria disponibilizado no país, mas só para estrangeiros. Jornalistas apenas podem entrar no país com a autorização do governo, que é praticamente impossível de conseguir. O país também figura em terceiro lugar na lista de 2012 dos governos mais corruptos do mundo, segundo a organização Transparência Internacional. Em mais de 65 anos de dinastia Kim, as facções internas foram eliminadas, rivais foram submetidos a campos de trabalhos forçados e milhões tornaram-se subnutridos e famintos. Há ainda as violações aos direitos humanos. Documento recente elaborado por um relator especial da ONU aponta casos de tortura, escravidão, desaparecimentos forçados e assassinatos. Muitos atos podem constituir crimes contra a humanidade.

Coreia do Sul

O país tem um sistema democrático, conquistado após anos de instabilidade política. Quando foi classificada como Coreia do Sul, a região passou a ter como liderança o nacionalista Syngman Rhee, que permaneceu no poder até 1960. Seu sucessor, Chang Myon, foi deposto em 1961, e o general Park Chung Hee assumiu o comando do país sob suspeitas de ter fraudado a eleição. Em 1972, Park Chung Hee liderou um golpe de Estado e instaurou no país uma ditadura militar. Sete anos depois, ele foi assassinado. O general Chun Doo-Hwan liderou outro golpe militar, que durou até 1987, quando a pressão popular tornou as eleições diretas inevitáveis. O primeiro presidente civil do país depois de 30 anos, foi o candidato governista Roh Tae Woo, eleito em 1992.

Pouco mais de 50 anos após Park Chung Hee tomar o poder, sua filha Park Geun-hye tornou-se a primeira mulher a assumir a Presidência da Coreia do Sul. Eleita em dezembro de 2012, ela tomou posse em fevereiro. Durante a campanha, pressionada pela opinião pública, a candidata do partido conservador governista chegou a pedir perdão às vítimas da repressão do regime de seu pai. Já no comando do país, a presidente aprovou um decreto que multa quem vestir minissaia ou outros tipos de roupas que deixem o corpo muito exposto. A medida foi comparada com restrições impostas nas décadas de 1960 e 1970, durante o governo de Park Chung-hee. Na época, as saias que terminavam 20 centímetros ou mais acima do joelho eram proibidas na Coreia do Sul.

Economia 

Coreia do Norte 

A Coreia do Norte é uma das economias mais centralizadas e fechadas do mundo - e enfrenta problemas crônicos. Grande parte do orçamento do governo é destinado a despesas militares, restando pouco para investir na população. O complexo militar gasta o equivalente a 40% do PIB. A produção industrial e de energia está estagnada, e a escassez de alimentos é crescente, devido principalmente à falta de terras cultiváveis, à coletivização das terras, e à escassez de veículos e combustível. A ajuda internacional permite que a Coreia do Norte escape da fome generalizada, mas a população continua a sofrer de subnutrição prolongada e más condições de vida – milhões já morreram de fome no país desde meados dos anos 1990. Se a economia norte-coreana chegou a equivaler à da vizinha do sul na década de 1970, agora não passa de 5% da calculada na Coreia do Sul.

Coreia do Sul

Ao longo das últimas quatro décadas, a Coreia do Sul demonstrou seu potencial em se tornar um país moderno e industrializado, tendo como base de sua economia a exportação de bens manufaturados e de alta tecnologia. Se na década de 1960 o PIB per capita da Coreia do Sul era comparável com os níveis das nações mais pobres da África e da Ásia, hoje o país já é uma das 20 maiores economias do mundo. Entre 1980 e 1993, seu PIB cresceu em média 9,1% ao ano - uma das taxas mais altas. Em 1997 e 1998, o país sofreu o impacto da crise financeira mundial, mas se manteve como um importante exportador de produtos eletrônicos, peças para computador e automóveis. Seul adotou uma série de reformas econômicas, incluindo uma maior abertura ao investimento estrangeiro. Em 2008, com a nova crise, o crescimento do PIB voltou a desacelerar, mas no ano seguinte o país já registrou aumento das exportações. A nova presidente deve ter como desafios na área econômica equilibrar a forte dependência das exportações com o desenvolvimento de setores internos - como o de serviços - e lidar com uma população em rápido envelhecimento.

Coréia do Norte x Coréia do Sul

Razão de briga - Desde o fim da Guerra da Coréia, que causou a divisão do país em Norte (comunista) e Sul (capitalista), em 1953, as tensões entre a Coréia do Norte e a "irmã" do Sul não cessaram. Em julho deste ano, os comunistas testaram mísseis de longo alcance (que poderiam atingir o Alasca e o Japão) e não escondem de ninguém seu arsenal nuclear

Aliança - China e Rússia (Coréia do Norte), Estados Unidos e Japão (Coréia do Sul)

Coreia do Norte quer voltar à negociação nuclear, diz China

Declaração é do vice-chanceler norte-coreano.Dias atrás, Coreia do Norte pediu negociação com os EUA.

 Coreia do Norte deseja resolver o conflito sobre seu programa nuclear pacificamente, por meio de diálogo, o que inclui voltar ao processo de negociação de seis partes, disse nesta quarta-feira (19) o Ministério de Relações Exteriores da China, citando um importante diplomata norte-coreano.

O vice-chanceler Kim Kye-gwan fez as observações após encontro com seu equivalente chinês, Zhang Yesui, em Pequim.

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